jueves, 28 de marzo de 2013
quiero aspirar fumata de diesel, y embriagarme hasta que alguien me olvide
Pai, afasta de mim esse cálice
pai, afasta de mim esse cálice,
pai, afasta de mim esse cálice,
de vinho tinto de sangue.
Como beber dessa bebida amarga,
tragar a dor, engolir a labuta
mesmo calada a boca, resta o peito,
silêncio na cidade não se escuta.
De que me vale ser filho da santa,
melhor seria ser filho da outra,
outra realidade menos morta,
tanta mentira, tanta força bruta.
Como é difícil acordar calado,
se na calada da noite eu me dano,
quero lançar um grito desumano,
que é uma maneira de ser escutado.
Esse silêncio todo me atordoa,
atordoado eu permaneço atento
na arquibancada pra a qualquer momento
ver emergir o monstro da lagoa.
De muito gorda a porca já não anda,
de muito usada a faca já não corta;
como é difícil, pai, abrir a porta,
essa palavra presa na garganta,
esse pileque homérico no mundo.
De que adianta ter boa vontade,
mesmo calado o peito, resta a cuca
dos bêbados do centro da cidade.
Talvez o mundo não seja pequeno,
nem seja a vida um fato consumado,
quero inventar o meu próprio pecado,
quero morrer do meu próprio veneno,
quero perder de vez tua cabeça,
minha cabeça perder teu juízo.
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
me embriagar até que alguém me esqueça.
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3 comentarios:
las palabras subrayadas filho de santa y a continuación filho de....me ha hecho gracia porque cual será la otra. Actualmente se oye decir mucho esta palabra.En fin es un poco triste.Se deben de referir, seguro a APARTA DE MI ESTE CÁLIZ...
Anisia, estas de vacaciones????
Si, Sí. Me he dada a la fumata de gasolina
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